domingo, 29 de agosto de 2010

Elizeu Cardoso

"Realmente um telento raro, que aos poucos se faz conhecer!"

É assim que defino a carreira de um dos maiores compositores de sua geração, digo isso com propriedade e com a certeza de estar representando a opnião dos privilegiados que já puderam "saborear" as canções de Elizeu Cardoso.
Com vários festivais, prêmios e 2 cd's no currículo, o compositor tem uma linguagem musical muito peculiar, com alguns grandes nomes como referência, mas com uma originalidade cada vez mais rara na indústria fonográfica.
Em sem primeiro cd, intitulado "Todos os cantos", Elizeu faz um passeio musical, pelo Maranhão, pelo Brasil e pelo Mundo. Apesar de todos os cantos, o cd mostra muita coerência, fruto de um trabalho maduro e planejado, muito a frente de mercado maranhense.
Com letras impecáveis, belíssimas melodias e com arranjos beirando a perfeição(participação de uma orquestra canadense) o cd foi lançado em 2007 e foi premiado pela Rádio Universidade.
Este ano Elizeu lançou seu segundo cd, "Alma Negra", onde direciona toda sua musicalidade para a mãe África, uma paixão sua, além de confirmar o cunho social que marca seus trabalhos desde o início da carreira. Com uma sonoridade que nos transporta para as oringens africanas, o cd está a altura do primeiro, dando provas de uma regularidade algumas vezes escassa em artista deste nível.
Para conhecer melhor a artista e a bela pessoa de Elizeu Cardoso deixo algumas links:

domingo, 21 de março de 2010

João Bosco


“E digo simplesmente, que se trata de um fenômeno. Sua melodia, seu ritmo, sua harmonia, seu censo de arranjo, ultrapassam os níveis aceitáveis pelos mestres. Seu violão é eletrizante, e suas levadas antológicas por descreverem o ritmo brasileiro "nunca dantes navegados", comprovando a diversidade de nossa rítmica de maneira rica e surpreendente. Sua voz alinhava todo esse universo sonoro com modesta intervenção, dando chance para que os versos ecoem com a mensagem pretendida. Na forma final, ao juntar todos estes valores num palco, é a explosão de um verdadeiro gênio musical da raça. É o Brasil se mostrando forte, ancorado em suas verdadeiras origens, ostensiva e orgulhosamente assumido. Ao ouvi-lo, da gosto de ser brasileiro.”
Sergio ricardo

“Por ser um compositor genial, as construções melódicas e harmônicas de João Bosco são das mais felizes na música brasileira. As vezes eu fico pensando: de onde vem esse mar de criatividade que resulta em suas canções? E o mais interessante é que toda essa complexidade melódica e harmônica soa de maneira natural. Com um jeito único de tocar violão, as suas divisões rítmicas são de grande originalidade. Há músicas gravadas por João Bosco, apenas violão e voz, nas quais não se sente falta de nenhum outro instrumento.E tudo isso com uma sonoridade que beira à perfeição.”
Almir Chediak

O que eu vou falar sobre esse cara??? A galera daí de cima disse tudo, mas se você não conhece o trabalho desse mestre aí vai um pequeno resumo desta carreira impecável que já ultrapassa os 35 anos. Pensei inicialmente em fazer talvez uma análise dos trabalhos do João Bosco, das inovações rítmicas que o mesmo fez, de sua técnica impecável, das suas harmonias que beiram a perfeição, ou seja, da música de João Bosco. Mas então refleti melhor e cheguei à conclusão de que não conseguiria tal proeza, expoentes da música têm dificuldade em executar esta tarefa (dada a complexidade e magnitude da obra), como eu, recém-chegado no mundo da música, teria condições de fazer tal trabalho? Vou me reservar então ao pequeno resumo, de que já falei, com alguns esporádicos comentários:

Inicia sua carreira profissional em 1972, com o “disco de bolso” do Pasquim, já no primeiro trabalho mostrou muita personalidade harmonizando muito bem sua voz com seu excepcional violão. Em 73 grava “João Bosco”, mostrando muita criatividade em suas melodias e um senso harmônico bem apurado para um [apenas] segundo trabalho. Intensifica suas parcerias com Aldir Blanc e em 75 grava “Caça à Raposa”, com o sucesso “mestre sala dos mares” e mesclando melodias cadenciadas com outras bem mais ritmadas mostra outro belo trabalho. Em 76 vem “Briga de Galos” deixando bem clara a variedade estilística que marca a carreira de João Bosco, apresentando de sambas com uma linguagem rítmica e harmônica totalmente suas a belas canções com tratamentos bem jazzísticos, passando por [algo parecido com] boleros e ritmos sul-americanos. “Tiro de misericórdia” é concebido em 77 com destaque para a faixa título e para a faixa “falso brilhante”. Lança em 79 “Linha de Passe”, em 80 “Bandalhismo”, em 81 “Essas é a sua vida”, em 82 “Comissões de frente”, todos seguindo a mesma linha desenvolvida até então na carreira de João Bosco.Em 84 vem “Gagabirô”, neste disco começa a compor sozinho e com outras parcerias, o trabalho se torna mais consciente e representante da mestiçagem brasileira, com o “Cabeça de Nêgo”, de 86, da continuidade a nova fase iniciada com o “Gagabirô”, fazendo uso cada vez maior das vocalizações, com uma linguagem bem percussiva, e buscando sonoridades com uma visão muito ampla da negritude, usando e abusando da criatividade e do experimentalismo consegue chegar a novos limites estéticos musicais.Em 87 lança “Ai Ai Ai de Mim”, com qual consolida sua carreira internacional iniciada em 83, em 91 mais um excelente trabalho com “Zona de Fronteira”, em parceria com os poetas Wally Salomão e Antônio Cícero, formando um trio belíssimo. “Zona de Fronteira” é um disco que convida à exploração de novos limites, e João o faz com axatidão, cruzando diversos ritmos e culturas, mas conseguindo manter uma unidade invejável. “João Bosco Acústico MTV”, “Na Onda que Balança” e “Da licença meu Senhor”, em 92, 94 e 95 respectivamente. Sai em 97, com “As Mil e Uma Aldeias”, a primeira parceria com o filho Francisco Bosco, com inspirações no mundo árabe este trabalho cria uma nova profusão de ritmos, alem do excelente entrosamento com o novo parceiro, que se harmoniza totalmente com sua criatividade musical. No ano 2000 consolida sua parceria com o filho, no disco “Na Esquina” investe fundo em pesquisas de ritmos "numa indissociável ligação com música negra, seja de origem afro-americana, afro-cubana, ou afro-brasileira".Completando 30 anos de carreira em 2003, lança "Malabaristas do Sinal Vermelho”, em 2006 lança CD e DVD "Obrigado gente" ao vivo. Em 2009, João Bosco volta ao estúdio e lança seu primeiro disco de inéditas em seis anos: "Não vou para o céu, mas já não vivo no chão". Neste ultimo mostra, para surpresa de alguns, ainda muita criatividade, apesar do 35 anos de carreira. “É o álbum de um grande cantor, com domínio total da técnica, emoção na medida certa, um timbre pleno de brilho, áspero e cortante em sua doçura, cuja suavidade é mais uma de suas experimentações. É o disco de um grande instrumentista, ele mesmo uma escola do violão brasileiro, como, cada um a seu modo, João Gilberto, Baden Powell e Gilberto Gil. É o disco de um grande compositor, dono de uma linguagem própria, na qual as invenções melódicas e harmônicas soam simultaneamente espontâneas e requintadíssimas. A soma dos três criou sua história própria no vasto quadro da canção brasileira.” Eucanaã Ferraz, falando sobre o último trabalho de João Bosco.

Bem gente, é siplesmete mais um herói da música, não só instrumental, nós que estamos começando devemos nos espelhar nele, não digo exatamente no seu estilo, poucos conseguem isso, mas digo em sua criatividade, inventividade, experimentalismo e ousadia, ingredientes indispensável para um bom músico.

Até a próxima.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Tatiana Pará


Sejam bem vindos mais uma vez ao instumedley!!! Hoje com um enorme prazer apresento-lhes Tatiana Pará.
Tudo começou com a minha rotina mensal de comprar Guitar Player(revista tanto informativo no meio musical como teórica), tenho uma paixão pelas transcrições e licks contidas nela, e justamente na parte de estudos sobre os estilos de alguns guitarristas algo me chamou atenção, uma linda jovem que segurava uma tagima fazia o estudo de nada mais nada menos do que Steve Ray Vaughan(um dos mestres do blues) isso me fez visitar a página online da revista e ouvir os licks, seu timbre infalível e seu domínio da guitarra me convidavam automaticamente a conhecer um pouco mais dessa grande guitarrista, bacharel em música Tatiana endorser da Tagima e cordas SG atua em projetos e bandas. Hoje, considero ela como uma das minhas grandes influências se quiserem conhecer um pouco mais da vida dela visitem:
www.myspace.com/tatipara
Até a próxima...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Qual marca usar???

Com certeza essa é a primeira pergunta que passa pela cabeça das pessoas quando elas decidem: vou aprender a tocar violão!!! Mas esta escolha não é tão fácil assim quanto pode parecer, principalmente para os principiantes que na maioria das vezes nunca tiveram contato algum com o instrumento. Existem vários fatores que devem ser tomados em consideração para esta escolha, e o mais importante deles é: qual o seu objetivo aprendendo a tocar violão?

Não estou aqui tentando dizer o que vocês devem fazer ou não, muito pelo contrário, mas eu penso que se você só quer aprender umas “musiquinhas aew”, não precisa sair por ai gastando dinheiro à toa com um violão profissional, mas se você pretende estudar, obter melhores resultados nas suas apresentações e se tornar um bom violonista é bom preparar o bolso, pois fica mais fácil conseguir com um bom instrumento, mas fica bem mais caro.Também não estou dizendo que quem usa um violão mais limitado não vai se tornar um bom instrumentista, apenas vai ser um mais difícil.

Mas vamos ao que interessa, vou fazer um pequeno perfil de algumas marcas e séries pra vocês darem uma olhadinha:

VIOLÃO INIXCIANTWE, NYLON, KASHIMA MA-011 - R$ 150,00

Eu particularmente nunca toquei num kashima, mas pelo que eu conheço de violão e pelas refrencias que se tem dessa marca, não me parece um bom instrumento, mas pra quem ta iniciando e não tem grandes ambições pode ser uma boa.

VIOLÃO, CORDA AÇO, TAGIMA MEMPHIS MD18 - R$ 270

Neste modelo já tive a oportunidade de tocar, tem um timbre agudo e o braço bem fino, bom para iniciantes, não gosto muito de cordas de aço, mas pelo menos parece melhor que o Kashima.

VIOLÃO ELÉTRICO TAGIMA NEW VENTURA TUNER DE NYLON - R$ 550

Outro modelo com que já toquei, tem um bom timbre, bem equilibrado, graças ao bom material com que foi produzido e a uma bela caixa de ressonância. Não chega a ser um violão de ponta, mas não decepciona na hora do “vamo ver”.


Violão ASHLAND Ac/10 Nylon - By Crafter - R$ 550

Bem este é o violão que eu uso, um timbre razoavelmente grave e um braço largo, além de um bom material. Também não e um violão dos melhores, mas da pra fazer um som legal com ele.


Violão Crafter Lite CE/CD Nylon - r$ 950

Muito bom violão, excelente timbre, braço largo, ótimo material, com esse violão você vai conseguir um som bem legal, o preço justifica a qualidade do instrumento;


Violão Flat NYlon Eletroacústico GWNFLE Giannini - R$ 1100

Chegamos aqui ao patamar dos profissionais, esse violão vai com certeza ajudar muito na sua performance, madeira de primeira e um timbre muito bom mesmo, e graças a sua excelente captação faz um sonzão plugado;


Violão Acústico Master - Di Giorgio – R$ 2500

E aqui um violão de primeira, o preço um pouco mais salgado com certeza vale a pena, este instrumento é confeccionado com materiais selecionados proporcionando resultados profissionais, tanto plugado como desligado.

Vale ressaltar que esses preços são apenas médias e podem variar de local para local, e que esses violões são apenas uma pequena mostra de cada marca, que possuem cada uma um grande número de séries (de menor ou maior qualidade), além de outras marcas que não foram citadas neste post.

Queria dizer também aos meus companheiros aprendizes de violonista que o violão é “apenas” o instrumento, o mais importante é o instrumentista, não adianta ter o melhor violão do mundo e não estudar e se esforçar para ser bom.